Monday, March 24, 2008

Abraços Não Me Satisfazem




Eu te amo.E é assim que eu preciso começar. Te amo numa intensidade que eu nunca pensei que amaria. É que eu achava que amor seria apenas uma vez e seria pra sempre. Não é a primeira vez que me apaixono, mas é a primeira vez que o amor me faz bem.
A primeira vez foi só para me ensinar, me amadurecer, me tornar menos ansioso. Para me ferir e assim mostrar que eu não sou invencível, mas depois me curar e mostrar que eu também sou forte.
Minhas mãos agora movidas de lágrimas e amor não mais escrevem só de tristeza e o amor já não me dá tanto medo. Apesar de que o medo ser algo que ainda sinto. Medo de que um dia seus olhos não brilhem mais para mim. Eu te desejo a cada segundo do meu dia e te quero por perto eternamente para que você torne perfeitos os outros anos da minha vida, assim como foram esses últimos meses.
Sinto saudade já ao me despedir, nada hoje em dia tem a mesma graça. Você compreende. Apenas abraços não me satisfazem. Talvez eu seja realmente insaciável. Mas um sorriso seu é suficiente pra me completar.
Você era a conversa que me faltava nas segundas-feiras chatas.
É o abraço demorado das noites de sexta.
É a parte do meu coração que sangrava quando chegava domingo e eu dormia sabendo que ninguém pensava em mim.
Eu achava que não tinha vocação para amar nem para ser amado. Você me fez mudar muitas das minhas concepções e de meus planos. Você não me deu apenas motivos para sonhar, me deu companhia para sonhar junto.
Não foi instantâneo. Você fez o encantamento que senti a primeira vez que te vi se transformar em amor, pelos dias que passei ao seu lado. E cada vez te amo mais.
Eu nunca me achei suficientemente interessante. Eu me achava mais feio que meus irmãos e amigos. Você mudou isso. Sinto-me mais belo, mas principalmente me ensinou que o espelho não reflete o essencial.
Te amo. E hoje tenho orgulho de dizer isso. Até meu cheiro me lembra você e meu sorriso já não é mais por conveniência.
Quero que me faça a segunda pessoa mais feliz do mundo, pois a primeira eu desejo intensamente que seja você.
Te amo.

(Vinícius D'Ávila)
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Wednesday, March 05, 2008

Pensamentos Complexos




º - E no fim de tudo, como eu terei certeza se é amor?
º º º - (Risos). Não sei porque me acha qualificado para responder a esses tipo de perguntas.
º - É que normalmente ouço você falando tanto sobre amor, sobre o bem que ele pode nos fazer e o mal que pode nos causar. Acredito que não tenha apenas vivido, mas entendido muito sobre ele.
º º º - A verdade é que nunca se sabe o bastante sobre o amor, mas é sempre delicioso de ser sentido.
º- Hum... Então também está apaixonado?
º º º - Não. Ela veio e o levou com ela. Ainda bem que hoje são só lembranças.
º - Tem tanta magoa do amor?
º º º - O problema não é o amor, mas sim as pessoas pelas quais nos apaixonamos.
º - Entendo. (Pequena pausa devido aos pensamentos que seu amigo lhe fez surgir) Então não quer se apaixonar de novo?
º º º - Isso também não sou eu que decido.
º - É tão confuso este sentimento. Acho que desejo estar com ela eternamente.
º º º - Cuidado! Eternamente é muito tempo. Confundimos o eterno com aquilo que é intenso.
º - Tudo está tão confuso. Eu vejo o amor numa complexidade de pensamentos.
º º º - Eu vejo numa simplicidade de atos.
º - Hum... Mas a minha dúvida você ainda não resolveu. Como saberei se é amor?
º º º - Você não terá mais essa dúvida quando realmente for amor.

(Vinícius D'Ávila)
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Tuesday, March 04, 2008

4 Perfeitos Idiotas




Eram quatro perfeitos idiotas. Cada um com suas características que os tornavam únicos. Era a falta do que fazer que os unia. Ou melhor, a criatividade que usavam a falta do que fazer.
Havia a “idiota romântica”, que fantasiava um amor que nem sabia se existia. Via romantismo onde ninguém mais conseguia enxergar. Temia que seu resultado final fosse: abandonada cuidando de dezessete gatos. Queria logo o seu príncipe.
Havia o “idiota sonhador” que encantava muitos, mas se preocupava mesmo, era com os outros três idiotas, os mesmos três que ele já havia magoado. Possuía sonhos maiores que ele, mas sua coragem era ainda superior.
A “idiota realista”, que já não acreditava em brilhos nos olhos, possuía os pés no chão mais do que deveria, mas foi a vida que a tornou assim. Ela transparecia uma auto-confiança dificilmente alcançada por outros.
E o “idiota palhaço”, aquele que conseguia transformar todas suas lágrimas em risadas. Com sonhos do tamanho do outro idiota, mas sem a mesma coragem.
Eram quatro idiotas por tudo que faziam e diziam. Estupidamente felizes confidenciavam segredos e trocavam beijos sinceros. Tinham idéias tão ridículas quanto idiotas. Foram anos juntos.
Certa vez no Hallowen saíram as ruas fantasiados para pedir doces. Aquilo nunca havia sido costume daquela cidade, mas ali estavam eles. O jason, o corcunda, a bruxa e a vendedora de cachorro quente (foi a única fantasia que ela arrumou de última hora). Não conseguiram muitos doces, mas receberam muitas risadas.
Definitivamente, eles não se importavam com isso.
Chega um dia que até mesmo idiotas precisam tomar caminhos diferentes, mesmo sendo tão parecidos. E aquelas pessoas que riram deles naquele dia, hoje nem se lembram mais.
Mas aqueles quatro idiotas se lembrarão para sempre. (Vinícius D'Ávila)
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