Sunday, July 13, 2008

Qualquer Lugar




Desde criança quando o perguntavam o que ele queria ser ele respondia dentista. Mesmo não sabendo exatamente o que essa profissão fazia. Ele achava que se resumia em ensinar crianças no recreio a escovar os dentes. Ele achava que existiam poucas profissões. Enquanto as meninas queriam ser modelos e os meninos jogadores de futebol ele queria ser dentista. Mas ele nem imaginava o que o esperava. Seus dentes não amoleceram e eles tiveram que ser arrancados a força. Ele usou aparelho por anos e de vários tipos. Toda semana precisava apertar, toda semana uma dor. Cansou daquelas paredes brancas e daquele barulho de motor. Já não queria ser dentista.


Cresceu e quis ser advogado. Todos diziam como ele falava bem e como ele argumentava bem. Realmente tinha o poder da oratória e toda aquela situação de tribunal o excitava. Só que demorou perceber que odiava história. E mesmo com as mudanças de professores a repugnância por historia não mudou. Ele não conseguia decorar datas, nem fatos. Misturava fatos e não seria capaz de decorar tantas leis. Percebeu que não seria feliz assim. Já não queria ser advogado.


Quis fazer cinema. Era isso a solução. Brincava desde pequeno com seu irmão de criar histórias. Era criativo. Fazia teatro, e poderia ser mil com o corpo de um. Conseguia rir quando era preciso chorar. Tinha as mais fantásticas historias na cabeça que a maioria das pessoas nunca viveriam. Seus pais nunca foram de proibir seus sonhos, mas não apoiaram a sua idéia. Não agüentava mais as risadas sobre os seu sonhos. Já não queria, pelo menos naquele momento, trabalhar com cinema.


E foi por não querer nada e por não saber o que fazer que resolveu estudar qualquer coisa em qualquer lugar. Estudar qualquer coisa não era fácil, pois não se tinha motivação. E em qualquer lugar era mais difícil ainda pois a todo momento pensava o que estava ainda fazendo ali. Até que em uma daquelas noites monótonas de sexta feira ele conheceu ela. E ela o deu os beijos que ele nunca havia ganhado. Ele a prometeu fazer feliz e viver para sempre juntos por mais que não fosse fácil.

Enfim, ele compreendeu que era necessário estar naquele qualquer lugar e que não havia sido ao acaso que ele escolheu qualquer coisa. Percebeu que o destino, as vezes era mais forte que a força de nosso interior. Agora sim ele estava pronto para ir atrás dos seus planos. Agora sim ele estava feliz. Ele agora tinha alguém que lhe dava força para buscar seus sonhos, apesar de que qualquer lugar agora tinha graça do lado dela.(Vinícius D'Ávila)
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Wednesday, July 09, 2008

Ele e Ela



A principio eram apenas 4 olhinhos refletidos no espelho. Ela era a mais bonita e mais brilhante estrela daquele lugar onde a maioria das estrelas fediam. Sua chegada trouxe um brilho que quase cegou os que não estavam acostumado com tanta luz, mas as partida os aprisionou eternamente na escuridão. Sua partida a principio não causou dor nenhuma, pois ele tinha certeza que ela voltaria. E voltou, mas apenas para pegar as poucas coisas que faltavam. E essa dor agora foi inrreparavel!

Eles se tornaram amigos assim que se conheceram, moravam na mesma direção e pelo caminho foram construindo confiança. Tinham os mesmo planos e no meio de tantos livros confidenciaram seus segredos. Eles sabiam que um dia iriam se afastar. Ele só não imaginou que seria tão cedo. Foi quando ele viu a cadeira dela vazia que ele percebeu que era definitivo. Ele a achava “baranga”. Ela o achava “barango”. Apenas ela conseguia secar as lagrimas dele. E foi esse o motivo da partida dela. Lagrimas. Nem o sol daquele lugar conseguiu seca-las. Nem ele. Ele se sentiu impotente com seus abraços que já não mais curavam. Ficou com medo de não ter dado os conselhos corretos, de não ter interrompido sua vida para ajudar totalmente na dela. E ela partiu antes do combinado. E pela primeira vez choraram juntos. Sabiam que com o tempo iriam se afastar. E de melhores se tornariam apenas bons amigos. Os passos dele sem ela não seriam tão firmes. Os passos dela sem ele também não. Ele tinha medo que desaparecesse da vida dela na mesma velocidade que foi desaparecendo de suas fotos. E para os que não acreditavam em amizade homem e mulher, é porque ainda não havia os conhecido. (Vinícius D'Ávila)
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Wednesday, July 02, 2008

Evolução




Não adianta o que você faça, irão falar. Irão falar do seu modo de vestir e da forma como você se senta. E você todo preocupado se seu cabelo esta partido pro lado correto, mas nada vai adiantar.
Pois não adianta o que você faça, irão falar. E mau. E por mais ridículo que possa parecer, você vai ficar incomodado e chateado pelos comentários do primo do amigo do seu vizinho. Vão falar até do que você não é. Criticar seus sonhos, modificar suas histórias de amor e exigir que você viva a lei que eles mesmos criaram. Tente tapar os ouvidos, por mais difícil possa parecer. Mas nunca feche os olhos.
Existem dois tipo de pessoas. As que passam todo tempo julgando as outras. E as que não se importam com esse julgamento. O problema de fazer parte do primeiro grupo é que um dia você também será julgado.
O fato é que você passa por toda a vida tentando agradar a todos, para no fim descobrir que não agradou ninguém. E isso pode ser o maior problema de todos ou não ser problema nenhum. Isso depende de você.
Por mais difícil que seja, é necessário esquecer os comentários maldosos.
Por mais difícil que seja, é necessário ignorar as mentiras.
O silêncio pode incomodar mais do que qualquer resposta.
A desvantagem de um mentiroso é que ele não mente só uma vez. Outras histórias mostrarão a sua verdadeira consistência. Deixe que ele se afogue no próprio veneno.
Não quero discutir o certo ou errado. Quero apenas construir a minha própria história.
O segredo é apenas se preocupar com quem se importa com você. Pois toda essa obsessão desnecessária irá apenas te tornar o vilão da história.
(Vinícius D'Ávila)
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