Monday, June 22, 2009

Coração Sincero


Eu gostaria de te dar todos os seus sonhos, embrulhados e com o laço mais bonito que eu conseguisse fazer.

Queria transformar cada desejo seu em algo realizável e que seus dias fossem sempre bons. Mesmo que o bom cotidiano levasse ao tédio, mas com pequenos momentos duros só para não esquecermos como é chorar.

Eu queria acordar de manhã e poder fazer seu café. Eu sei os seus sabores favoritos. Todos eles. E se eu pudesse, tranformaria os caminhos em linha finas e os nossos de tão próximos que vistos de longe pensariam que se tratava de um, já vistos de perto teriam a certeza.

Eu queria se agradável suficiente pra acabar com sua bipolaridade. Não que ela me incomoda e eu sei que sorrir sempre não é bom. Pode parecer egoísmo, mas é que você sorrir é bom para mim. Como se fossem duas felicidades dependentes.

Eu queria poder apertar sua mão agora. O frio do fim de junho parece incomodar mais quando você não está aqui. O frio foi inventado para darmos uma desculpa para nossos abraços mais quentes e usarmos roupas diferentes.

É claro que eu gostaria que fosse mais fácil. Mas já percebi. O difícil incomoda, mas a facilidade nem sempre nos convém.

Eu queria apagar todas as besteiras que um dia eu disse ou no mínimo, aprender a não dizer. E esqueça tudo ao nosso redor e não me deixe aqui. Ainda virará rotina o meu acordar com você olhando para mim!

Eu gostaria de realizar todos os seus sonhos, pois eles agora também são meus.

Hoje, você é a melhor parte de mim! (Vinícius D'Ávila)

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Sunday, June 07, 2009

O 13 Nos Proteja




Esporte nunca foi um dos meus dons e toda minha vida escolar me fez perceber isso. Ser o último a ser escolhido nas aulas de educação física e “aquele” pênalti “daquela” final de campeonato me deixaram com certos traumas-não-resolvidos. Nem individual, nem em grupo. Nasci com um espírito competitivo mais latente que em outras pessoas mas com as habilidades podadas. Como uma pessoa que gosta de filmes triste, mas não sabe chorar. Eu não tinha mira pro basquete, fôlego pro handball, controle nos pés e nem nas mãos. E talvez por saber que iria perder eu escolhia me ausentar. E meninos não gostar de futebol (na minha escola e na minha época) era como padres não gostarem de Deus. Inaceitável.

E por anos eu nunca mais joguei. Nada. Até que no último ano da faculdade, enquanto eu precisava me preocupar mais com monografia e mestrado resolvi me inscrever no campeonato de futebol. Ou resolveram me inscrever, pra ser mais sincero. Era o time dos que não caberiam jogar com os bons, pra não dizer o time dos ruins, sendo mais sincero ainda.

E se existe algo pior que jogar pessimamente futebol é descobrir que se é o pior entre os piores. Mas apesar da perna atualmente dolorida e a (des)esperança de ganhar uma partida, restaram me lembranças positivas, pois sou adeptos a experiências e riscos. Pois aquilo que não deixa aprendizado, deixa ao menos lembranças (apesar de particularmente duvidar que exista algo com que não se aprenda nada).

Então vamos com os fatos engraçados.

Ou não.

A blusa que era pra ser roxa, veio verde limão e só depois do terceiro jogo que ela chegou. O número era o treze (Zagallo nos proteja). E a média de diferenças de gols por partida foi 12, isso porque em um dos jogos não fomos. É difícil ter dois jogos seguidos quando metade do seu time é fumante e a outra metade asmática. Isso sem contar os que são os dois.

Pois no último jogo as duas únicas atitudes notáveis que tive foi fazer uma falta (que doeu mais em mim) e pisar no pé do goleiro do meu próprio time. Não sei se é drama, mas ele manca até hoje.

Juro que por algumas vezes escutei gritarem da torcida “tira o treze, tira o treze”!

E foi quando eu vi um daqueles companheiros fazendo um lance incrível e no final resultando em um gol (Não me peçam pra narrar. Não nasci com a habilidade e simular o Galvão) Só sei que foi um lance incrível, pois todas pessoas por lá também diziam isso. Foi então que virei pro meu treinador (o melhor jogador do time dos bons) e disse: “Hey! Quero fazer isso também”. E durante alguns minutos ele tentou me explicar como eu poderia correr junto com a bola e a força que eu deveria chutar, e entrei. Em menos de 20 segundos fiz meu gol. Contra, mas fiz.

É talvez isso justificasse os gritos para que me tirassem.

Ainda tem um jogo. O último. Que será o pior de time de cada chave disputando a pior classificação. Mas resolvi escrever meu desabafo antes dele. Posso estar traumatizado até para escrever depois. Mas apesar do suor em camisa verde limão e da torcida não muito confiante, consegui aprender algo.

Lateral só com a bola parada, faltas não são permitidas e ser ruim não é ruim.

E no fim de tudo o que me deixou mais feliz, foi perceber que não era “tira o treze” que gritavam e sim “Tira! Treze!”. Como algo pra incentivo.

Perdemos de 20 e nem Zagallo nos salvou. Mas de certa forma, posso lhes garantir, foi incrível. (Vinícius D'Ávila)

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