Wednesday, December 27, 2006

Aquilo Que Chamam de Confiança




No final das contas, tudo se resumia em respeito.
Afinal, por onde anda tudo aquilo que eu havia escutado?! Aquilo de confiança, fidelidade, lealdade? Será que fantasiei um mundo de pessoas que não existem? Será que confundi a face do ser humano?
É engraçado como certos acontecimentos nos fazem mudar completamente a forma como vemos o mundo. E sei que apesar de ter 18 anos, ainda reflito a vida como um jovem de 15, pois passei muito tempo trancado dentro de casa. Pediram-nos para amar uns aos outros, mas acho que apenas respeitando já teríamos o bastante. Ao menos já é alguma coisa. Isso não se trata de um desabafo de corno ou pessoa mal-amada! É muito mais do que isso. Eu sei que sou novo demais para chegar a tais conclusões e com o tempo talvez eu mude meus conceitos. Talvez tudo isso seja a minha decepção com o egoísmo que a pessoas tratam umas as outras. Pessoas mentem, traem, enganam. Por quê? Por se preocuparem apenas com elas mesmas. Ah! Eu também minto. Porque o amigo, mesmo dizendo amigo, engana o outro? Machuca o outro? Porque a namorada, mesmo dizendo que ama o namorado, trai? Porque as pessoas, mesmo sabendo o que deve ser feito fazem ao contrário? Acho que porque por mais triste e doloroso que seja algo não sentimos quando a dor é no peito do próximo. O fogo só queima quem o toca, não quem o vê! Nem sempre quem o acende!
Ainda andam me dizendo, para eu me acostumar, que isso tudo é normal!
Normal? Pode ser comum! Não normal. E você pode não concordar, mas normal e comum são coisas totalmente distintas! Normal é algo que é certo, de acordo com o dicionário: “... Que segue a norma...”. E comum é aquilo que você já acostumou a conviver. Não sei se compreenderam a diferença, mas é essa a distinção que tenho em mente. Já estou me conformando! Acho que está se tornando comum para mim. Mas nunca normal. Afinal, todos seus problemas e chateações, mas todos mesmo (ou quase todos) se resumiam em respeito. Ou na falta dele. (Vinícius D'Ávila)