Wednesday, October 24, 2007

"N"




Como terminamos algo que nem ao menos começamos? Só sabia que precisava colocar um fim naquilo tudo. Eu pensava que grandes histórias de amor começassem como nos filmes. Mas eu pensava também que seu sorriso me fazia apenas bem. Foi ele que hoje me deixou triste. Afinal, não era pra mim que você sorria. Era pra aquele que insistia em sempre estar do seu lado, dando-me a certeza que eu nunca te veria só.
A primeira vez que te vi, acho que você nem me viu. Na segunda você surgiu como se tivéssemos combinado de nos encontrar.
Saudades!
Saudades dos beijos nunca dados e do romance que eu desejei ter com você. Quando meu sentimento ainda era puro e meus planos se resumiam em te fazer sentir o que eu sentia por ti. Uma amiga me disse que alguns casos parecem impossíveis, pois somente quando menos esperamos é que as coisas realmente acontecem. O problema é que não posso mais esperar. Nem sei se quero passar pelas mesmas coisas novamente. Mas de qualquer forma, obrigado pelas vezes que sorriu para mim. Estou preso até hoje naqueles segundos, como se fosse possível viver para sempre de sorrisos. Fantasiei o para sempre antes que dissessem “... E eles foram...”. Você surge na minha cabeça e me impede até de terminar essas palavras. Porque despedir de você é confessar a mim mesmo que não consegui. O confortante é saber que seja melhor ou pior, você não é idêntico a a pessoa que eu idealizei. Amar alguém por si só já é muito complicado. Complica ainda mais quando esse amor é baseado em fantasias. Decretei hoje uma nova lei em minha vida. Decidi não criar mais expectativas, pois elas eram proporcionais as minhas decepções. (Vinícius D'Ávila)